O Ágama Shastra é considerado
como uma revelação de Shiva e são tanto os princípios como as
práticas do sistema. Entre as obras que pertencem a categoria dos
Shaiva Agamas podem mencionar-se os seguintes tantras:
Malinivijaya ou
Malinivijayottara, Svacchanda, Vijñana Bhairava, Mrgendra, Netra,
Rudra-Yámala, Shiva-Sutras, etc.
A maior parte dos propagadores
de conhecimento da Índia ensinavam a doutrina dualista em geral e
por isso foi importante a revelação dos Shaiva Agamas sendo o mais
importante do sistema Trika; os Shiva -Sutras.
A importância dessa obra é
que não tem autoria humana mas, Divina e foi revelada para
contrapor os efeitos do dualismo. É conhecido em geral como
Shivopanisad - Sangraha - "compêndio que contém a doutrina secreta
revelada por Shiva " e que foi revelada a Vasugupta.
Os pontos comuns e os seguintes
são todas as teorias relativas ao descobrimento dos Shiva -
Sútras.
Não houve nenhum autor humano
dos Siva -Sútras , pois tiveram sua origem em Siva. E foram
revelados à Vasugupta.
Tanto se foram revelados por
Shiva em um sonho ou por um Sidha, o si foram encontrados gravados
em uma rocha a instância de Shiva , essas são questões irrelevantes
no que se refere ao assunto principal da revelação.
Sabemos por Rájatarangini que foi Kallata quem terminou sua obra no reinado do Rei Avanti-Varman de Cachemira. Avanti-Varman reinou no Séc, lX d.c, e Vasugupta, que havia descoberto os Shiva- Sútras , foi o guru (mestre) de Kallata. Vasugupta deve ter estado frutíferamente ativo bem no final do séc VIII ou começo do século IX d.jc. Esta deve ter sido, portanto, a data do descobrimento dos Sútras.
Ksêmarája disse em seus
comentários Vimarshini que havia observado discrepância nos
diversos comentários existentes em seu tempo, pelo que se
comprometeu a escrever um novo comentário. Ele não tem mencionado
os comentários nos quais observou discrepâncias e só quatro
comentários tem sobrevivido.
" O Vrtti
" O Vartika de
Bháskara
" O Vimarshini de
Kshemarája
" O Shiva-Sutra-Varttikam de
Varadarája aliás Krishnadása
" O Shiva Sutras Revealad by
Lakshman Joo
" O Shiva Sutras de Shaiva
Vijnanacharya
Não se conhece o autor do Vrtti,
comentário que concorda com o Vimarshíni não só na interpretação,
senão também, a maioria das vezes , nas palavras. Parece que o bom
Vrtti foi escrito primeiro e logo usado por Kshêmarája como
estrutura sobre o que ampliar, ou, que o Vimarshini foi escrito
primeiro, e o mesmo Ksêmarája, ou alguma outra pessoa, preparou um
extrato destes no Vrtti.
Bháskara disse na parte
introdutória de seu Várttika que Vasugupta ensinou os Shíva-Sútras
a Kallata que os ensinou a Pradyumnabhata, o filho do seu tio
materno. Pradyumnabhata os ensinou a seu filho Prañarjuna.
Prajñarjuna os ensinou a um discípulo. Mahádevabhata, que por sua
vez os ensinou a seu filho, Shrikanthabhata. O mesmo Bháskara
aprendeu os Sútras de Srikanthabhata.
O séc XI d.c. viu florescer a
obra de Bháskara; assim que seu Várttika foi escrito durante esse
período.
Os Vrttis espõem as principais
idéias dos Sútras em prosa de forma muito suscinta. Bháskara em seu
Várttika interpreta em verso cada Sútra.
O comentário Vimarshíni de
Kshêmarája faz uma exposição lúcida e detalhada de cada sútra em
prosa. Ele sustenta sua interpretação apontando citações paralelas
e valiosas de outros livros, alguns dos quais estão perdidos por
completos para nós.
É bem conhecido que a obra e
vida de Kshêmarája, deve ter sido escrito por Kshêmarája no séc. X
. Kshêmarája, que foi escritor Prolífico, compôs as sequintes
obras:
Prathyabhijñahridayam,
Spandasandoha, Spandanirnaya,
Svachchandoddyota, Netroddyota,
Vijñanabhairavoddyota,
Shiva-sútra-Vimarsini,
Stavacintámananitiká , Paráprávesika,
Tattvasandoha, Stotravalítika de
utpala.
O quarto comentário sobre os
Shiva-Sútras é o Shiva-Sútra-Vartikam de Varadarája, aliás
Krshnadasa.
O Vártika de Varadarája é só um
pequeno refrão em verso do Vimarshini.
Varadarája não tem interpretação
própria alguma a que dar. Ele viveu até depois do século XV
d.c.
De todos os comentários que
tenham sobrevivido, o Vimarshini de Kshemarája é o mais antigo e
erudito.
Na década de 60 o grande Shaiva
Acharya e Preceptor; Lakshman Joo escreveu um Shiva Sutras nos
dando suas bençãos e derramando o conhecimento do Shaivismo para o
mundo.
Na década de 2000 Shaiva
Vijnanacharya do Brasil fez outro comentário do Shiva Sutras sendo
o único para a língua Portuguesa a esclarecer com profundidade o
conhecimento do Shaivismo que a partir desse fato a tradição passou
a ser reconhecida em sua base iniciática e científica.
Aqui se desenvolvem os
princípios formulados nos Shiva- Sútras e se detalham os pontos
concretos de tais Sútras principalmente desde o ponto de vista da
Shákti.
A obra principal deste Shástra é
o Spanda Kariká, como é conhecido geralmente. Sobre esta obra
existem os sequintes comentários :
O Pradipa de Utpala Vaishnava; O
Vivrti de Ramakantha; O Spandasandoha e o Spandanirnaya de
Kshêmarája.
O Spandasandoha contém um
comentário só na primeira Kariká.
Kshêmarája acredita que os
Spanda-Sútras foram escritos por Vasugupta. Outros mantém que foram
escritos por Kallata, o discípulo de Vasugupta.
Este contém a própria
filosofia do sistema Trika e a expõe mediante argumentos e
discussões.
A primeira obra filosófica foi o
Shiva-drshti, foi escrita por Somãnanda. Este foi o discípulo de
Vasugupta e desenvolveu sua obra no séc. IX d.c.
O Shiva- Drshti é uma filosófica
muito importante. Desgraçadamente o texto completo não está
disponível. Sománanda compôs um vrtti sobre o Shiva-Drshti, mas não
tem sido falado até agora.
Os Pratiabhijña Sástras ou
Ishvara-Pratiabhijña de Utpala, que foi discípulo de
Sománanda.
Os Pratiabhijña-Sútras
adquiriram tanta importância que a toda a filosofia da Kashemira se
conhece de forma geral como: "Pratyabhijña-Darshana".
" O Vrtti do próprio Utpala
disponível somente de forma incompleta.
" O Pratiabhyjñavimarsini de
Abhinavagupta.
" O
Pratiabhijña-Vivrtti-Vimarshini de Abhinavagupta.
Este é um comentário, conhecido
como Vivrti, sobre a tíka perdido do mencionado
Utpala.
Ademais das anteriores, existe
uma grande obra de Abhinavagupta conhecida como Tantralôka. Consta
de 12 tomos e contém a filosofia e a prática Shaiva em todos os
seus aspectos.
Existe também um resumo dos 12
tomos conhecido como Tantrasára escritos por Jayaratha que sendo um
grande erudito no conhecimento dos Shaiva Agamas também escreveu o
Viveka, um comentário que explana o Tantralôka.
Atualmente existe um comentário
do Tantraloka feito por Navjivan Rastogi. Esse Pandita é um Erudito
em Sanskrito e Doutorado em Filosofia do Shaivismo e Responsável
pelo Instituto de Abhinavagupta.
Conheça as publicações dos
Shaiva Agamas Shastra feitas no ISESKA por; Shaiva Vijnanacharya
(ver; Literatura Canonica)